Preparando Pessoas para o Retorno de Jesus

28 de julho de 2016

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Você deseja ser um precursor? Ou acredita ser um? Talvez você nem saiba o que é um precursor mais isso te intriga. Veja como começar:

O que é um precursor?

“Em uma definição simples, o ministério precursor anuncia a vinda do Senhor e instrui os despreparados para receber o ministério vindouro de Jesus em meio as dinâmicas únicas do fim dos tempos”, segundo Mike Bickle, diretor da Internacional House of Prayer de Kansas City. Precursores também “operam no poder do Espírito para liberar o ministério atual de Jesus”.

João Batista foi o precursor original. Ele foi à frente de Jesus para contar as pessoas sobre Sua primeira vinda (Lucas 1:17).

Na geração da volta de Jesus, o Senhor levantará muitos precursores para preparar as pessoas em todo o mundo para as dinâmicas únicas do fim dos tempos.

Ser um precursor não está restrito a um grupo específico. Está disponível para qualquer um que esteja disposto a se preparar para isso. Essa preparação inclui gastar tempo em oração, jejum e uma vida em retidão. Precursores ensinarão outros a fazer o mesmo.

“Aqueles que são sábios entre o povo pregarão e ensinarão a muitos” (Daniel 11:33)

Deus está levantando precursores em lugares diferentes e com diversos dons e chamados. Alguns irão alcançar universidades, o mercado e a mídia. Outros irão funcionar como pastores, mestres, evangelistas e profetas. Outros ainda irão influenciar as artes, esportes e a cultura para contar a história de Jesus e de Seu retorno.

Precursores vivem à luz das dinâmicas vindouras que envolvem o retorno de Cristo. Eles oram, jejuam e exortam pessoas para estarem prontas ANTES das pressões do fim dos tempos aumentarem.

Esse estilo de vida inclui sacrifícios. Precursores vivem de uma maneira diferente do comum – como Noé – mas isso não significa total separação da sociedade.

Daniel viveu uma vida de revelação, jejum e oração, e trabalhou em um cargo de alto nível em um governo pagão. O deserto forjou o caráter e a espiritualidade de João Batista, mais chegou um dia em que ele se revelou para Israel (Lucas 1:80).

Como você pode crescer como um precursor?

Primeiro, dedique-se a orar e jejuar (crianças não são encorajadas ao jejum de alimentos e só devem jejuar com o consentimento e a supervisão de um adulto). Passar tempo com o Senhor em oração, abrir mão da televisão, entretenimento ou outras atividades para estar com Jesus. Faça Dele seu grande prazer, converse com Ele e se alegre ao escutar Sua voz (João 3:29).

Em segundo lugar, aprenda o máximo que puder sobre a primeira vinda de Jesus e seu retorno. Existem, no total, 89 capítulos nos quatro evangelhos que relatam sobre a vida de Jesus e mais de 150 capítulos na Palavra que descrevem Sua segunda vinda e os eventos que a cercam.

“Se as pessoas não têm conhecimento sobre o que está acontecendo no fim dos tempos, elas serão mais propensas a ceder ao medo, a ofensa, a confusão, aos riscos e ao engano,” diz Mike. “Sua falta de conhecimento sobre o que dizem as Escrituras a respeito dos eventos que irão ocorrer naquele momento irá fazer com que tomem decisões erradas.”

Adquirir entendimento sobre o retorno de Jesus e os julgamentos de Deus no fim dos tempos, irá ajudá-lo a informar outras pessoas sobre os planos do Senhor para que possam evitar a ofensa.

Em terceiro lugar, busque radicalmente o reino, cresça nos dons e no poder do Espírito. Os precursores irão anunciar a segunda vinda de Jesus enquanto ganham os perdidos, curam os enfermos e fazem discípulos. Andar em poder agora irá preparar você para o avivamento vindouro e para o grande derramamento do Espírito de Deus.

Com o retorno do Senhor cada vez mais próximo, este é o momento de crescer em revelação e estilo de vida de um precursor.

 

por Equipe de Escritores IHOPKC

Jesus, O Mestre – Peter Leithart

29 de junho de 2016

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Se não o único, Reenvisioning Theological Education [Revendo a Educação Teológica, em tradução livre] de Robert Banks, é uma raridade em meio aos estudos sobre educação teológica, pela quantidade de atenção dedicada aos modelos bíblicos de educação e formação. Ao rever a literatura recente com o objetivo de repensar a educação dos seminários, ele observa com frequência que pouca atenção é dada as Escrituras. A Bíblia raramente é tratada como fonte normativa para a formação teológica. Banks sabe que não podemos fazer uma transferência direta dos métodos e modelos bíblicos utilizados por Paulo para os dias de hoje, mas ele argumenta que temos que contar com eles se quisermos chegar a uma visão da educação teológica a partir das Escrituras. Banks não reivindica que “voltemos a Bíblia”. Em vez disso, ainda não estamos envolvidos com ela. Banks exorta-nos a alcançá-la primeiro para que possamos “avançar com a Bíblia” (81)

Banks dedica um capítulo à maneira como Jesus selecionava, ensinava e preparava discípulos para o ministério. Ele compara o modo de treinamento de Jesus ao dos rabinos do primeiro século: “ao contrário dessas figuras [Jesus] não tinha local fixo ou salário… e não citava regularmente a autoridade ou procurava a comunhão com outros mestres… Ele também não encorajava seus discípulos a buscarem outros mestres para que pudessem receber uma educação mais completa. Ele não se apresentava como um intérprete da Lei, mas como a própria pessoa por quem a Lei é interpretada e para quem ela aponta.” (108).

A relação de Jesus com seus discípulos difere das relações mestre-aluno. Os discípulos não eram primeiramente “estudantes”: “A palavra manthanein aparece apenas uma vez, em estreita relação com ensino e, ainda assim, se refere às parábolas.” Eles também não eram servos: “Jesus era um mestre diferente de seus contemporâneos. Se a terminologia “amizade” em vez de servidão remonta a Jesus ou não [acredito que sim. PJL] ela justamente transmite o espírito de sua associação com seus seguidores… Embora não devamos entender isso em termos igualitários contemporâneos, João indica que envolvia mutualidade e amor.” Banks cita o comentário de CG Montefiore, que seguir a Jesus envolvia mais servir do que estudar, serviço aos outros e não a Jesus. Montefiore diz que foi uma “coisa nova” que “não se encaixava” com a abordagem rabínica usual (108-9).

 
Banks também aponta para a “formação holística e comunitária que os discípulos receberam enquanto acompanhavam Jesus. Isso ocorreu, em parte, através de instrução verbal como o Sermão da Montanha e as parábolas…, Em parte através de ações milagrosas de cura e expulsão de demônios, exercer o perdão, bem como sofrer perseguição, e em parte através do comer, beber, e orar juntos.” O ponto central de tudo isso “era preparar e treinar os Doze.” Citando William Lunny, Banks conclui que “Jesus estabeleceu uma série de “sessões de treinamento” e “experiências de imersão” para eles… não era uma preparação dos Doze para missões que estava em primeiro lugar em sua mente, mas o envolvimento dos Doze na missão” (110-11).

Peter Leithart

Tradução & Revisão Base Publishing Team

Arquivo Original

 

 

Uma visão que vale a pena para 2016

5 de janeiro de 2016

Ano passado comecei fazendo isso com o Evangelho de João.
Este ano eu e minha famália estamos lendo Apocalipse juntos.

Recomendo de verdade!

Feliz ano novo,

Victor Vieira

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Todo dezembro eu escolho um livro da Bíblia para estudar no próximo ano. E todo ano eu posto este artigo novamente. Até então, pelos últimos 8 anos, já li Isaías, o Evangelho de João, Apocalipse, I Samuel (incluindo os Salmos que correspondem à vida de Davi), Mateus, Atos e Gênesis.

Focar em um livro por um ano tem sido uma das atividades mais gratificantes de minha vida com Deus. E poucas são as coisas que eu recomendaria outros a fazerem com mais força de convicção.

Neste ano, eu escolhi o livro de Lucas. Eu estou empolgado, porque será a primeira vez que faremos isso como uma família. Tenho 4 filhos. Dois deles não entenderão muito o que está acontecendo, porque eles têm menos de dois anos. Meus filhos mais velhos, entretanto, entenderão. Minha esposa e eu estamos animados para estabelecer um ritmo em nossa casa de permanecer em um livro juntos durante o ano.

Enquanto 2015 transforma-se em 2016, eu gostaria de compartilhar algumas razões pelas quais eu encorajaria qualquer um e todos a adotar a leitura anual focada em um livro bíblico, como alcançar isso e oferecer algumas sugestões práticas que eu achei serem úteis. Se isto soa intimidador, este garoto que abandonou o ensino médio e que odiava ler quer te encorajar a ler minhas sugestões antes que conclua esse esforço não ser para você.

 

DUAS RAZÕES PARA PRATICAR ISSO

  1. Visão de futuro gera um espírito firme — Eu tropeçava e atrapalhava-me por meu caminho tentando achar um método sustentável de estudo bíblico por anos. Foi uma experiência extremamente desanimadora. Eu tinha um espírito que queria estudar a Palavra, mas também uma carne profundamente fraca (Mt. 26:41) que explodia constantemente em meu rosto. Essa colisão interna, juntamente com muitos outros problemas (como minha falta geral de afeição pela Bíblia), persuadia-me consistentemente a desistir da ideia de ser “um homem da Palavra”. Eu ficava em brasas por uns dias depois de escutar uma boa mensagem ou me identificar com um verso só de saber que eu estava condenado por não continuar com meu estudo, enquanto minha paixão instável decaía. Quando eu escolhi dar um ano a um livro, eu descobri que eu estava me cobrando BEM menos e comecei a abraçar a misericórdia e a graça do Evangelho para limpar meu pobre histórico e para me conceder diligência de Espírito trabalhado no presente e no futuro (fraco como fosse). A visão de futuro e o ritmo da maratona me permitiram resistir à tentação de definir-me de acordo com meu histórico pobre por uma semana ou mês ou por um período. Por exemplo, se janeiro for um mês ruim, eu retomo em fevereiro sem condenar-me por ser preguiçoso. O mesmo faço com fevereiro, março, abril e os outros. A visão de 12 meses me permite reduzir e continuar com meu projeto de mudança de vida e concede ao meu fraco coração a gentileza necessária para permanecer firme por meses e anos, enquanto eu semeio tempo e energia na Palavra. Com um grande alvo de um ano, eu me vi mais misericordioso com meus maus hábitos de estudo dia após dia, o que, por sua vez, criou intensidade espiritual que agora me leva à Palavra. Por ter feito uma rotina anual por mais ou menos 8 anos, EU SEI que eu tenho um espírito mais firme do que eu tinha há 8 anos. Além disso, estou absolutamente convencido de que se eu fosse de livro em livro, tema em tema, baseado no que eu sentia em tal semana, eu estaria tropeçando por aí como há 8 anos. Visão de futuro gera espírito firme, porque assim você tem o tempo, o cuidado e a necessidade que precisa para obter profundidade autêntica na Palavra. Sem visão de futuro, nós tropeçamos e falhamos. Um ritmo de maratona nos estáveis pelos altos e baixos.
  2. Foco no futuro gera profundidade – Minha experiência da maioria das pregações e dos ensinamentos que eu ouvia na igreja após minha conversão foi de que as mensagens eram bem gerais e superficiais. Isto é, geralmente, o homem no púlpito tinha pouco a falar sobre um monte de coisas (às vezes, o homem era eu). Na medida em que eu me engajava no ministério e permanecia perto de líderes, descobri que havia um problema real: eu e aqueles à minha volta estávamos tragicamente rasos na Palavra — mesmo que nós tivéssemos opiniões dogmáticas sobre quase tudo que existe embaixo do sol. Ninguém perto de mim (incluindo a mim mesmo) parecia ter qualquer história pessoal na Bíblia. Tudo o que tínhamos eram como rumores, informações que havíamos recebido da pregação ou ensinamento de alguma pessoa e regurgitávamos. Em algum lugar do caminho, eu percebi que eu não podia escutar 20 áudios de sermões por mês e nunca ler a Bíblia. Percebi que eu não podia obter realidade e história pessoais em Deus ouvindo outras pessoas falarem sobre Ele; e também que eu não poderia mais sobreviver espiritualmente estudando versos da Bíblia que foram separados de seus contextos gerais do livro a que pertencem. Eu sabia que se eu não fosse consciente e intencional em semear tempo e energia no estudo bíblico e em contemplação, a profundidade espiritual autêntica seria um sonho inalcançável. Agora passei a ver e entender que esse tipo de foco intencional não é possível sem visão de futuro. Leva tempo cavar a mina para encontrar ouro. Quanto mais profundidade você quiser, mais tempo e energia serão requeridos. Focar apenas em um livro por períodos longos deu-me tanta confiança de que EU POSSO obter profundidade autêntica em Deus. Eu sei que posso. Eu sinto isso. É evidente. Livros como Isaías, João e Apocalipse estão tão profundamente cravados em minha mente e coração e eu tenho sido mudado permanentemente por eles. Posso fechar meus olhos e ver os temas desses livros sem esforço algum e de tal forma posso também articular a mensagem principal das diferentes seções do livro e do livro como um todo. Não quero dizer: “veja como sou legal”, mas, sim: “como uma pessoa de 30 anos que não se formou no ensino médio, que detestava estudar a Bíblia e que nunca teve educação teológica formal, agora eu sei o caminho para buscar profundidade na Palavra — e ele é para todos que o querem”. O caminho é visão de futuro. É a diferença entre recortes de grama conhecidos e ouro. Eu não quero o recorte da grama, que é apenas o superficial. Eu quero cavar as profundidades da Palavra para encontrar o ouro da revelação de Deus. E isso leva tempo e foco.

 

 

HABILITADORES

Aqui estão alguns avisos sobre um estudo anual de um livro da Bíblia:

  1. Quando o ano acaba, você não para realmente de estudar o livro que começou. Eu descobri que, na verdade, eu semeei mais tempo nos livros que eu estudei no passado após o fim do ano, simplesmente porque eu não me sinto intimidado por eles mais. Sei como lidar com eles. Esses livros são meus amigos para vida toda agora; amigos por quem permanecerei me apaixonando e que continuarei conhecendo em níveis mais profundos. O ano é apenas para te introduzir a eles.
  2. Eu me relembro constantemente de que, primordialmente, o cronograma existe como uma trajetória e não como uma check list. Por exemplo, suponhamos que eu leia/estude meu livro do ano por 2 ou 3 dias em 25 semanas. Vejo isso como sendo profundamente bem sucedido. Eis o porquê: eu estudei um livro 25 semanas a mais do que eu o faria se eu não tivesse uma programação para fazer em todas as 52 semanas! Mesmo que você pegue no livro em 10 semanas de 52, ainda assim são 10 a mais do que você faria se não tivesse estabelecido você mesmo para fazer em um ano. O ponto é este: a trajetória é MUITO mais importante do que completar o cronograma. O caminho é o que determina a qualidade de sua vida — não o cronograma. Tenha 52 semanas como objetivo e resista à tentação de condenar-se quando você não atingir todas as 52 semanas. Qualquer coisa mais do que nada é sucesso. Até um sucesso de 5% servirá sua vida interior por anos e décadas, porque, na graça de Deus, os 5% podem e provavelmente irão crescer para 50% e 75%. Minha experiência é de que eu cresço em diligência a todo ano que eu escolho um livro novo, não porque eu tento com mais afinco, mas porque eu vejo o valor de praticar isso e confiar no processo.
  3. Eu sou bem flexível com meu ano e resisto deliberadamente à tentação de ser rígido com aquele único livro. No decorrer do ano em que eu estudava Apocalipse, eu deixei esse livro na espera por 4 ou 5 meses para dedicar tempo a Romanos e Gálatas, porque o Senhor estava enfatizando assuntos ali. Eu respondi à liderança do Espírito Santo e voltei a Apocalipse quando eu senti que a retenção em Romanos havia acabado. Nenhuma vergonha. Apenas ganhos. Eu fui consistente em me molhar de um pouco de Apocalipse durante o ano, mas não em cavar suas profundidades. E está tudo bem com isso. Ao fim do dia, esse molhar consistente do livro do ano misturado com a mudança de focos para livros e temas iluminados pelo Espírito Santo é o que importa. O ponto é crescer na Palavra, e não manter um cronograma. O cronograma está ali para te servir, e não o contrário.
  4. Discutir minha jornada no livro do ano com amigos em uma frequência consistente tem sido de valor imensurável para mim. É como soprar brasas quentes. Ajunte alguns amigos e apenas discuta sobre a Bíblia. Isso é uma das coisas mais edificantes que você pode fazer. Fale sobre o que você está estudando. Comunidade é indispensável para ir mais fundo na Palavra. Se há 4 amigos para marcar um café por uma hora a cada duas semanas enquanto todos vocês estudam livros diferentes, juntar-se para partilhar o pão é uma das coisas que mais mudarão sua vida. Poucas coisas terão impacto tão duradouro e significante e valor de longa duração quanto isso. Cuidem da Palavra juntos. Eu amo quando um cara que está do outro lado da mesa está apaixonado por Filipenses quando eu estou em I Samuel. Nós compartilhamos o que vemos de Jesus, de nós mesmos e da vida por essas lentes, e vamos para casa com corações tão ferventes que nenhumas águas poderiam esfriar.
  5. Não importa que livro você escolha… E realmente importa o livro que você escolher. Toda Escritura é inspirada por Deus e indescritivelmente valiosa. Alguns escritos, entretanto, são mais apropriados do que outros em diferentes momentos para pessoas diferentes para fins de estudos profundos. Escolha livros que te digam bastante sobre os atributos e emoções de Deus. Alguns o fazem mais do que outros. Eu escolhi Isaías por conta do retrato messiânico contido no livro. Ele é mais cristológico do que os Evangelhos em muitos sentidos. Eu fui para Isaías em busca de (1) o retrato de Jesus e (2) relações de Deus com Israel ao fim da era. Eu escolhi João porque ele me levou ao Jesus Deus-homem. Eu vi como Jesus viveu, orou, chorou, riu, morreu e ressuscitou. Eu escolhi Apocalipse porque ele é o livro mais cristológico da Bíblia, sem dúvida alguma. Em nenhum outro lugar encontramos um retrato mais heterogêneo e diversificado de Jesus. Eu escolhi I Samuel e os Salmos porque eu sabia que Davi me levaria à “beleza do Senhor” e me ensinaria a “contemplar” e no que contemplar enquanto eu estudava a liderança de Deus sobre toda sua vida. Eu escolhi Mateus porque ele está estruturado em volta da pregação pública de Jesus. Eu quero que meu coração se conecte com Jesus, o profeta; o que Ele ensina e o que Ele prega. Livros como Rute, Obadias e Naum são inspirados, preciosos e de grande valor para mim, mas eles não estão no topo da lista dos que eu quero estudar profundamente por um ano. Vejo alguns livros como afluentes e outros como rios. Por exemplo: Isaías é um rio — Amós é um afluente. Um rio é profundo e grande e flui, enquanto um afluente é um ramo dele; é parte do rio, mas não tem sua profundidade e grandeza. João é um rio — II João é um afluente. Apocalipse é um rio — Judas é um afluente. Romanos é um rio — Filemom é um afluente. Beba de todos eles. Apenas seja intencional em gastar a maior parte do tempo nos lugares mais importantes.

 

CINCO METAS PRÁTICAS COM AS QUAIS TENTO ME ALINHAR SEMANALMENTE

  1. Leia pelo menos um capítulo do livro diariamente. Neste ano, enquanto eu estudo o livro de Lucas, meu plano é ler um capítulo por dia. São 24 os capítulos, o que significa que eu terminarei o livro em 24 dias, me dando um espaço de alguns dias para me movimentar. Se você fizer um livro como o de Mateus e fizer um capítulo por dia, você o lerá uma vez por mês, um capítulo por dia. Se assim você seguir, isso significa que você lerá Mateus 12 vezes em 2016, o que é suficiente para tê-lo guardado verdadeiramente em seu coração e mente. O propósito em ler um capítulo por dia é de 4 dobras: (1) eu quero me familiarizar com o livro — familiaridade destrói intimidação; (2) eu quero criar um hábito de leitura da Palavra baseado em valor todos os dias; (3) eu quero tirar o tempo que preciso pensando e lendo e orando ao mesmo tempo por entre os livros, ao invés de apenas ler sem reter o texto; (4) eu quero memorizar o livro de uma forma geral — eu posso não ser capaz de citar algo do livro, mas eu vou saber os tópicos e o maior conteúdo de cada capítulo de cor. Se eu for preso um dia e não tiver acesso à Bíblia, eu quero fechar os meus olhos e visualizar cada capítulo por dentro de minhas pálpebras. Aliás, eu não retenho informações facilmente. Eu preciso de repetição.
  2. Estude o livro de forma contextual e exegética. Eis como eu faço isso. Eu procuro no Google “comentário sobre o Evangelho de Mateus” (ou de qualquer livro que eu esteja estudando) e baixo todos os gratuitos que encontro. Eu abro todos até as primeiras páginas, em que é delineada a ideia geral do livro. Se eu pudesse te dar qualquer conselho prático, seria este: VALORIZE ESBOÇOS! Eu leio, escrevo, comparo e estudo esboços bem antes de começar a estudar livros. Descobri que um bom esboço de um livro libera tanto sobre o livro e remove a “neblina” de confusão e intimidação que ali paira quando o estudamos. Eu me lembro de que Zacarias foi o primeiro livro por qual fui atrás em estudo agressivo e deliberado. Eu comprei um livro de comentários sobre ele e comecei a estudar o primeiro versículo. Não terminei o primeiro capítulo antes de desistir, algumas semanas depois dali. Se você sabe como um livro é estruturado e você conhece as partes e seções principais, você pode começar a memorizá-lo e, então, trazer uma quantidade de claridade contextual considerável com você ao livro. Todos nós ficaríamos confusos se começássemos a ver um filme no meio da história. Se não sabemos como ela começou, nós não conectaremos o meio ou o fim. Eu compro e baixo comentários por seus esboços ou resumos, geralmente. Eu tenho centenas de documentos em meu notebook em que eu esboço ou resumo um livro, uma seção, um capítulo, um versículo ou uma frase. Eu estou muito convencido: se você decidir fazer isso com todo livro, capítulo, passagem e frase que estuda, as coisas irão bem com você em sua busca a longo prazo de profundidade na Palavra.
  3. Digite/escreva durante o processo. Eu creio que notebooks são presentes de Deus para esta geração de estudantes da Bíblia. Eu leio e escrevo em meu computador constantemente. E antes eu tinha cadernos. Escrever o que estou estudando me ajuda a aprender. Se não escrevo, não penso, e se não penso, não aprendo. O aprender é precedido de pensar, e o pensar precisa ser provocado. Descobri que escrever/digitar é uma das formas mais (se não a maior) efetivas de provocar pensamento. Acredito que o princípio aqui é de que você não aprenderá se, primeiramente, você não aprender a aprender. Deixa-me explicar. Lembro-me de pensar comigo mesmo em um dia: “sou péssimo em estudo da Bíblia. Como irei aprenderei a Bíblia? Quem dera alguém me ensinasse!”. Isso, então, me fez pensar que se eu não tivesse alguém para chegar a mim e me ensinar, eu poderia fazer assim: “e se eu estruturasse minha vida de estudo como se eu fosse ensinar o que estou estudando?”. Minha lógica era de que se eu me aproximasse do livro, capítulo ou passagem como se eu fosse ensinar aquele conteúdo, eu perguntaria as perguntas corretas e pensaria os pensamentos corretos. Ao final, eu aprenderia do meu próprio processo de aprendizado para ensinar. Este estilo de estudo me fez começar a perguntar “o que isso significa?”, quando eu me deparasse com um livro ou passagem, ao invés de perguntar “o que isso significa para mim?” (que é como a maioria das pessoas estuda a Bíblia). Isso me fez pensar objetivamente e não subjetivamente. É importante dizer que nunca foi minha intenção real ensinar o que eu estudava. Eu apenas sabia que aprenderia se eu fosse ensinado. Então, eu ensinei a Palavra a mim mesmo esboçando livros, passagens e versículos, perguntando o que eles significavam, enquanto eu escrevia esboços e pensamentos que eu comecei a pensar quando eu achava que já pensava o que o autor pensou. Meu computador está cheio de milhares de documentos de notas essencialmente para ensino de livros, capítulos e passagens. As pessoas vão ver por volta de 1% deles. A maioria de meus escritos é para MIM. O ponto a ser levado em conta é este: provoque a si mesmo a pensar. Às vezes, a melhor forma de fazer isso é colocar a si mesmo sob a pressão de ensinar. Finja que vai ensinar o que for estudar. Você pode nunca precisar ensinar, mas você terá um coração que queima. Assim, se você for chamado a pregar, nunca te faltará conteúdo.
  4. Ore/diga/cante as Escrituras ao Senhor repetidamente, todos os dias. Até então, eu direcionei a necessidade de estudar o contexto fazendo esboços e estudando em acordo com a intenção do autor do livro. Agora quero falar um pouco sobre como e quando ocorre desvio do contexto do cenário principal e estudo exegético para entrar em comunhão com Deus através do que em minha mente é oração contemplativa. A maioria das pessoas faz um ou outro. Ou estudam tudo ou focam cegamente em um verso ou dois para considerar. Precisamos fazer ambos. Estudo esboços para que quando eu me depare com um versículo, eu esteja intelectualmente familiar com o contexto e significado dele. Isso, então, me capacita a engajar com Deus em oração, adoração e contemplação. Sinto que em uma caminhada de 15-30 minutos é quando isso acontece para mim. Levo um versículo e falo com o Senhor sobre ele em oração repetidamente, enquanto faço perguntas sobre ele também. Eu canto o verso, repito, penso sobre ele e permaneço em silêncio. Não me torno rígido acerca de como faço isso; apenas faço. Levanto-me e vou caminhar. Enquanto ando, converso com o Senhor. Não falo sobre minhas necessidades, frustrações ou minhas alegrias, mas sobre Ele. ESTA tem sido a disciplina primordial que tem determinado a qualidade de minha vida durante todos os momentos. Não importam as circunstâncias, eu PRECISO de tempo para caminhar e falar com o Senhor. Estudo exegético da Bíblia não é suficiente. Eu PRECISO estar em comunhão com Ele. Acredito que a comunhão com Deus é mais aproveitável e sustentável quando está centrada em frases baseadas na Bíblia. Eu pegarei uma passagem como a de Mateus 3:17, quando o Pai falou sobre Jesus: “este é meu filho amado, em quem me comprazo”, e conversarei com o Senhor sobre como eu sou seu filho amado e como Ele sente prazer em mim. Eu cito referências cruzadas e peço ao Espírito Santo que apresse essas realidades e encha meu coração com conhecimento experimental acerca disso tudo. Busque ser mais do que um estudante e um homem trabalhador que é aprovado. Busque ser um apaixonado. Tenha um coração que queima. É tudo o que importa.
  5. Jejue consistentemente. A relação entre fome por comida e fome pela Palavra é impressionante. Quando eu me vejo sem apetite pela Palavra, eu decido jejuar. Jejum joga fora os suportes de confortos falsos e nos realinha com nossa necessidade de maná fresco da Palavra. Se você está sem fome da Palavra, decida jejuar, mesmo que você falhe e quebre o jejum. Lembre-se: o importante não é a check list ou o cumprimento, mas o processo de transformação de colocar Jesus como foco de contemplação, com intencionalidade e reverência por sua Palavra. O próprio Jesus disse que “não só de pão vive o homem, mas de toda Palavra que procede da boca de Deus”. Muitas pessoas jejuam por rupturas circunstanciais. Eu te encorajaria a jejuar por rupturas espirituais e emocionais como norma e por circunstâncias como exceção. O jejum abre nosso coração para receber mais de Deus mais rapidamente e a um nível mais profundo. Jejuar é comum ao cristianismo do Novo Testamento.

Junte-se a mim em 2016 em um estudo de um livro da Bíblia.

Traduzido Por Julia França

Porque Estudar os Selos, Trombetas e Taças? – Mike Bickle

6 de outubro de 2015

Devido ao “burburinho” recente sobre o fim do mundo, catástrofes, lua de sangue, apocalipse e textos fora de contexto, resolvi traduzir um material do Mike Bickle focado especificamente nas 3 séries de Julgamentos de Apocalipse mais conhecidos como Selos, Trombetas e Taças.

Meu desejo é que esta pequena introdução gere em você, querido leitor, um santo desejo de estudar as escrituras profundamente.

  • Pretendo continuar traduzindo conforme Deus me der graça (tempo) e parceiros para ajudar a traduzir.
  • Perguntas são bem vindas, discussões também.
  • Ironia, orgulho, arbitrariedade e outros afins não são bem vindos.
  • Pode copiar, publicar, etc, etc.
  • “Nosso Copyright é o seu direito de copiar” Mike Bickle

Victor Vieira

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1 – Três Séries de Julgamentos: 7 Selos, 7 Trombetas, 7 Taças

A – as três séries de julgamentos relacionados em Apocalipse são: 7 Selos (Ap 6), 7 Trombetas (Ap 8-9) e  7 Taças da Ira de Deus (Ap 15 e 16). Eles descrevem os julgamentos que serão liberados sobre o anticristo e seu império durante a Tribulação.

B – O livro de Apocalipse é sobre a Revelação de Jesus, pois revela seu coração, poder e liderança para preparar as nações para a glória de Deus. O propósito do Pai em nos dar este livro é revelar a majestade de Jesus. Secundariamente, Apocalipse é um livro sobre o fim dos tempos.Se lermos este livro com a perspectiva correta, isso nos fará adorar a Jesus e confiar em Sua liderança.

C – Os eventos profetizados em Apocalipse são muito importantes. Eles incluem a volta de Jesus à terra para estabelecer seu Reino enquanto ele libera julgamentos e lança Satanás na prisão.

D – Devemos ensinar e meditar neste assunto regularmente para que a “fumaça da falta de fé” possa deixar nossa mente em relação a estes eventos históricos, sem precedentes. Não veremos este assunto com clareza até nos familiarizarmos com o que as escrituras dizem sobre eles.

E – O ponto principal do livro de Apocalipse é Jesus retornando à terra no contexto de julgar o império do anticristo na Grande Tribulação por 3 anos e meio. O assunto secundário é a tribulação contra os santos causada pelo anticristo (Ap 12:12; 13:4, 8).

F – Apocalipse é o livro de “Atos do fim dos tempos”, os atos do Espirito através da Igreja no fim dos tempos. Assim como Moisés liberou as pragas de Deus sobre o Egito através da oração, e os Apóstolos liberaram o Seu poder no livro de Atos pela oração, também a tribulação será liberada pela oração sobre o império do anticristo. Os milagres do Exodo e de Atos serão combinados e multiplicados em nível global.

G – O livro de Apocalipse é um “manual de oração canonizado” que equipa a Igreja para ser parceira de Cristo contra o anticristo. Nada como isso aconteceu em toda história, onde centenas de milhões se unem em oração com um “manual infalível” que revela o plano de Batalha de Jesus.

H – O movimento de oração do fim dos tempos sob a liderança de Jesus irá liberar Seus julgamentos através da oração (Ap 5:8, 6:9-11, 8:3-5, 9:13, 10:6, 16:7; 19:2). Não devemos temer a Grande Tribulação como se fossemos vitimas sem poder. Com ousadia nos posicionamos como Noiva de Cristo para liberar pela oração.

Estejam na sua garganta os altos louvores de Deus, e espada de dois fios nas suas mãos,

Para tomarem vingança dos gentios, e darem repreensões aos povos;

Para prenderem os seus reis com cadeias, e os seus nobres com grilhões de ferro;

Para fazerem neles o juízo escrito; esta será a honra de todos os seus santos. Louvai ao Senhor.

Salmos 149:6-9

2 – Entendendo a Série de Três Julgamentos de Deus (Ap 6-16)

A – As três séries de julgamentos são eventos literais que não devem ser explicados simbolicamente ou historicamente. Nosso método de interpretação é simples, literal e com abordagem de senso comum. Todos os eventos e números no livro de Apocalipse são para ser entendidos de forma literal a não ser que sejam especificamente indicados como simbólico, como em Apocalipse 1:20, 5:6, 11:8, 12:1, 3, 9, 17:7, 9.

B – As três series de julgamentos são futuros. Eles ainda não aconteceram na história. A Visão preterista de forra errônea vê muito do livro de Apocalipse como já cumprido na destruição de Jerusalem e na queda do império Romano (nos três séculos após a morte de Jesus). O ponto de vista histórico erroneamente interpreta apocalipse como o desenrolar progressivo da história da Igreja ao ver muitas destas profecias como cumpridas ao longo da história. O ponto de vista idealístico não vê nenhuma aplicação de fim dos tempos no livro de Apocalipse, e erroneamente o interpreta como mero simbolismo do conflito espiritual entre o bem e o mal que ocorreu ao longo da história.

C – A série de três julgamentos são numeradas de acordo com a ordem cronológica em que eles acontecem. Por exemplo, o primeiro selo é seguido do segundo selo, que da sua vez antecede o terceiro e assim por diante. Por que os julgamentos de Deus ocorrem em seqüência numerada, a Igreja global pode ser unir em fé e oração para os liberar contra a opressão do anticristo.

D – As três sérios de julgamentos são redentivas. Eles vão criar uma crise global que resulta em muitos não convertidos clamando por salvação, enquanto resiste a perseguição do anticristo aos santos e destrói sua infra estrutura mundial opressiva. Apocalipse não é a profecia do dia do juízo final e do fim do mundo. Ele é sobre o novo começo de Deus para o mundo. O nascimento de uma criança é o fim de uma gravidez, mas é muito mais sobre o nascimento de uma nova vida. Nós estamos chegando ao fim da noite escura da opressão de Satanás na história humana, e no nascer de um novo dia.

E – A série de três julgamentos é progressiva e com isso elas crescem em intensidade conforme cada série é liberada. O Julgamento dos Selos é superado em severidade pelo Julgamento das Trombetas, que é superado pelas Taças. Por exemplo, um quarto da raça humana morre no quarto selo (Ap 6:8), e ainda há um aumento para um terço morrendo na sexta trombeta (Ap 9:15).

  1. Os Selos nos alertam de algo importante que virá. Eles são preparatórios, semelhantemente a um embrulho de presente que embala o conteúdo dentro do pacote. O embrulho cria a expectativa para o mistério que está dentro. A natureza do selo é manter privado algo que se aguarda. O conteúdo dentro de um rolo sempre é muito mais importante que os selos que mantém a sua privacidade. Os sete selos ao redor do rolo precisam ser rompidos para abrir o rolo e para liberar o seu conteúdo misterioso (O Plano de Batalha de Jesus).
  2. As trombetas nos advertem se algo mais severo que está por vir. Eles falam dos iminentes desastres que exigem ações extremas, desesperadas e emergenciais.
  3. As Taças são derramadas totalmente, sem nenhum atraso ou impedimento.

Continua…

Original: Mike Bickle – Seals, Trumpets and Bowls: Jesus’ End-Time Judgments – IHOPKC
Tradução: Victor Vieira

Maria de Betânia e o verdadeiro espirito do martírio – Dalton Thomas

5 de outubro de 2015

O seguinte artigo foi adaptado de um capítulo do livro Unto Death: Martyrdom, Missions, and the Maturity of the Church.

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UM BELO DESPERDÍCIO

Antes de realizar a sua descida à Jerusalém para a Páscoa, na época em que Ele seria morto, Jesus parou em Betânia – um dos poucos lugares em Israel onde o nosso Senhor poderia descansar e ser ele mesmo entre os seus amigos.

Uma noite durante o jantar, exatamente uma semana antes da crucificação1, uma jovem mulher chamada Maria se aproximou de Jesus enquanto ele estava se reclinando. Nas mãos dela estava um vaso cheio de um óleo caro. Embora o frasco fosse pequeno, ele continha óleo (ou perfume) que era equivalente ao valor do salário de um ano inteiro2. Compelida por um senso transbordante de necessidade, ela destampou o seu pequeno frasco e o derramou sobre os pés e a cabeça de Jesus antes de “enxugá-los com o seu próprio cabelo.” Ao fazer isso, “o local ficou cheio com a fragrância do perfume.”3

Aqui, em um santo momento, essa jovem liquidou o que atualmente seria equivalente a 40,000 dólares. Tal expressão de devoção ostensiva era fruto de sua convicção de que o valor de seu óleo caro era eclipsado pelo valor do Deus-Homem diante de quem ela estava.

Assim que o óleo foi derramado, a atmosfera na sala mudou e a tensão começou a surgir. Alguns indivíduos se apressaram para tentar impedir aquilo que eles achavam ser um episódio estranho e constrangedor. Judas, que mais tarde vendeu Jesus às autoridades por 30 shekels, foi o primeiro a erguer a sua voz em protesto. Buscando humilhar a jovem, ele informou aos que estavam na sala que o óleo dela era o equivalente a um ano de trabalho e que poderia ter sido gasto de uma forma muito melhor ou em empreendimentos ministeriais. Movido pela aparente compaixão dele pelo pobre, os outros discípulos começaram a encará-la com os meus olhos de desprezo (é preocupante que os futuros líderes da Igreja tenham sido tão facilmente seduzidos por um enganador como esse). À medida que a fragrância do óleo encheu a sala, os ânimos começaram a esquentar. Mateus relata da seguinte forma:

E os seus discípulos, vendo isto, indignaram-se, dizendo: Por que é este desperdício? Pois este ungüento podia vender-se por grande preço, e dar-se o dinheiro aos pobres. (Mateus 26:8-9)

Aqueles que estavam na sala viram a demonstração de devoção dela como excessiva, desnecessária e tola. Eles ficaram furiosos apenas ao imaginar isso.

Imagine a cena. A família dela de longe, horrorizados com o que ela acabara de fazer; Judas apontando-lhe o dedo com aberto desdém, e o resto dos discípulos murmurando as suas objeções de autojustiça ao aguardarem a resposta de Cristo. Ao enfrentar tudo isso, Maria sentou-se tremendo. Com lágrimas de amor ainda escorrendo de sua face, e o óleo da devoção de seus cabelos, o coração dela bate com o temor da incerteza, pois como ela poderia saber qual seria a forma que Jesus responderia? Ele olharia para a

oferta dela com o mesmo desprezo do restante dos que estavam na sala? Ou ele se sentiria honrado com aquilo?

O coração dela logo se aquietou quando Jesus publica e ternamente afirmou o seu sacrifício, dizendo: Por que afligis esta mulher? pois praticou uma boa ação para comigo. Porquanto sempre tendes convosco os pobres, mas a mim não me haveis de ter sempre. Ora, derramando ela este ungüento sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para o meu sepultamento. Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido o que ela fez, para memória sua. (Mateus 26:10-13)

Maria de Betânia estava transbordando de amorosa devoção e isso resultou na liquidação espontânea da sua estabilidade financeira pelos próximos anos. O que quer que os 300 denários significavam para ela, Jesus significava mais. Qualquer que fosse a posição que ela desfrutava por causa daquilo, ela desfrutava mais da posição que Jesus lhe assegurara. O que quer que aquela herança fosse para ela, Jesus era mais.

Jesus foi profundamente movido por aquilo que ela havia feito. Então, para silenciar aqueles que a criticavam e confortar o coração dela, Jesus falou. Ele afirmou que o que ela havia feito era “belo”. Aquilo havia sido sábio, havia sido virtuoso, e era puro. Ele declarou que o que ela havia feito era o fruto da revelação que ela tinha da iminente morte dEle. A extravagância dela era uma resposta à extravagância dEle. Sabendo que Ele em breve derramaria o Seu sangue de suas veias santas, Maria sentiu que nada era mais adequado naquele momento do que derramar aquele óleo caro de seu frasco. Finalmente, Ele falou que o que ela havia feito era para ser um memorial perpétuo a ser proclamado em todas as nações aonde o Evangelho é levado. Jesus queria que os seus discípulos lembrassem daquele momento para sempre. Além do mais, Ele queria que as nações se lembrassem daquilo para sempre.

Amigos, eu pergunto a vocês: a herança de vocês em Cristo é maior do que tudo o que vocês têm na terra? Oh, pela graça de amá-Lo com tamanho abandono! Você derramará aos pés dEle o que você tem de mais precioso? Você dará a si mesmo por completo a Ele e não se importar quando o mundo lhe escarnecer: “Vejam como ele está jogando fora a sua vida”, ou “Que desperdício de tempo e energia.” Que persistamos em meio à vergonha terrena e deixemos tudo por uma maior herança celestial.

MARTÍRIO COMO A FRAGRÂNCIA DE UMA DEVOÇÃO EXTREMA

Embora ela nunca tenha dado um testemunho de mártir em sua morte (pelo menos é o que sabemos), Maria de Betânia exemplifica o espírito de martírio de forma mais clara do que qualquer um no Novo Testamento (é por isso que Jesus mandou que os seus discípulos contassem a história dela a todos os povos e nações aonde eles fossem enviados). A fragrância da devoção dela profetizou o sacrifício daqueles futuros mártires presentes na sala naquela noite. Por meio daqueles jovens rapazes, “o aroma de Cristo” seria difundido entre as nações nas quais mais tarde eles sangrariam.

Os discípulos nunca se esqueceriam do aroma daquele perfume. A memória de sua fragrância e a devoção que ela representava permaneceu com eles até o dia em que eles derramaram as suas próprias veias na mesma paixão santa que tomou conta dessa preciosa mulher de Betânia.

Maria derramou o seu óleo. Os discípulos derramaram o seu sangue. Aos olhos do Senhor, ambas as ofertas eram belas, não simplesmente porque elas eram custosas, mas porque elas eram motivadas pelo amor. Esse é o verdadeiro espírito de martírio.
Tradução: Igor Sabino
Texto Original: Dalton Thomas

Três Razões: Porque adoração Dia & Noite é essencial para a iniciativa missionária

20 de julho de 2015

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Quando um missionário entra em uma região inalcançada do mundo, seu primeiro mandato é o de lançar fundamentos por meio da pregação de Cristo e fazendo discípulos. Mas, com que finalidade? De acordo com Paulo em Romanos 15 (o capítulo que fala sobre a grande fronteira missionária), o objetivo principal das missões é cantar.

Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais; E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia, como está escrito: ‘Portanto eu te louvarei entre os gentios, e cantarei ao teu nome.’” Romanos 15:8,9

 

Se, como foi resumido pelos profetas e apóstolos, a finalidade de nossa atividade missionária nas nações for que as pessoas dessas nações glorifiquem a Deus ao cantar alegremente para Ele, qual lugar damos ao ato de cantar em nossa missiologia? Será que isso é uma prioridade para nós? Paulo frequentemente falava sobre o papel do ato de cantar na vida da Igreja (Ef. 5.18; Col. 16,17). E nós? Falamos sobre o ato de cantar e seu papel na vida da Igreja? Os profetas repetidamente falaram sobre isso como se fosse um dos propósitos principais de Deus no fim dos tempos e na eternidade. Eles profetizaram o renome universal d’Aquele que é Santo, de forma que tudo que foi criado atribui a Ele a gloria devida ao Seu nome.

Mas desde o nascente do sol até ao poente é grande entre os gentios o meu nome; e em todo o lugar se oferecerá ao meu nome incenso, e uma oferta pura; porque o meu nome é grande entre os gentios, diz o Senhor dos Exércitos.” Malaquias 1:11

Creio que deveríamos abordar a tarefa de missões globais movidos pela convicção de que o principal objetivo da Grande Comissão é oferecer adoração incessante de toda as línguas e todas as tribos. Eis algumas razões para isso.

1) Primeira: os profetas declaram que o propósito da declaração da dignidade e da obra de Deus entre as nações era para que os judeus e gentios fossem capturados em canções de adoração.

O clímax desta era presente gira em torno de toda a Terra cantar.

Cantai ao Senhor um cântico novo, e o seu louvor desde a extremidade da terra; vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto há nele; vós, ilhas, e seus habitantes. Alcem a voz o deserto e as suas cidades, com as aldeias que Quedar habita; exultem os que habitam nas rochas, e clamem do cume dos montes. Dêem a glória ao Senhor, e anunciem o seu louvor nas ilhas. O Senhor sairá como poderoso, como homem de guerra despertará o zelo; clamará, e fará grande ruído, e prevalecerá contra seus inimigos.” Isaías 42:10-13

Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra. Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia. Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas. Porque grande é o Senhor, e digno de louvor, mais temível do que todos os deuses. Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas o Senhor fez os céus. Glória e majestade estão ante a sua face, força e formosura no seu santuário.” Salmos 96:1-

2) Segunda: os apóstolos declararam que o propósito de declarar a dignidade e a obra de Deus entre as nações para que os judeus e os gentios fossem cativados em canções de adoração.

Eles explicaram que, enquanto aguardamos pela aparição do nosso Senhor uma segunda vez, nosso mandato nessa janela de misericórdia é testemunhar d’Ele, que é digno de louvor incessante.

Em Romanos 15.8,9 Paulo explica que Jesus veio como Messias. E em Romanos 15.20,21 Paulo explicou que ele mesmo foi enviado como um missionário. E entre essas passagens, lemos em Romanos 15.10-12 que a razão pela qual Jesus veio e Paulo foi enviado para as nações é para que elas cantassem. A vinda de Jesus e a ida de Paulo ambas foram formas temporárias de servir um fim eterno e permanente: adoração.

3) Terceiro: neste exato momento, aqueles que estão nos Céus, mais próximos do Pai e do Filho são cativados pela canção de adoração incessante.

 

“E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir. E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” Apocalipse 4:8-11

 

Se fazer discípulos é “o fim”, todo o nosso trabalho e atividades assumirão certo caráter e forma que correspondem à nossa visão e valores. Mas, se fazer discípulos for um meio santo e temporal de servir ao fim santo e eterno de adoração extravagante incessante, então todo o nosso trabalho e atividade assumirão um caráter e uma forma muito diferentes.

No cerne da realidade da adoração ininterrupta não está uma forma, um modelo, uma abordagem ou um método, mas há um Deus Santo que pode e, de fato, suscita a adoração. A mensagem missionária às nações não é “Adorem dia e noite!”, mas “Eis o Cordeiro! Olhem para Ele.” Isso porque que ver o Cordeiro é adorar noite e dia.

Minha oração é que o movimento de missões em nossa geração recupere a consciência profética e apostólica da gloria, da maravilha e da dignidade de Deus. Sem isso, nosso trabalho entre as nações não servirá ao fim para o qual Deus intencionou nos comissionar.

Tradução: Christie Vieira Zon

Revisão: Victor Vieira

Texto Original: Dalton Thomas

Qual deve ser a nossa resposta aos assassinatos em massa de Cristãos no Mundo Muçulmano?

16 de julho de 2015

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Hoje de manhã (19/04/2015), o Estado Muçulmano Independente (ISIS, na sigla em Inglês e EI, na sigla em Português) postou seu mais novo vídeo de execuções em que um homem com sotaque americano condena as “pessoas da cruz” antes de decapitar e fuzilar 28 Cristãos Etíopes. O número crescente de seguidores de Cristo sendo sacrificados nos leva à pergunta: “Como devemos responder?”

O artigo a seguir é um capítulo do meu livro “Até a Morte”. (Tradução Livre: Até a Morte)

O Projeto Josué[1] tem feito ampla investigação sobre o progresso do Evangelho nas nações entre aquelas inalcançadas e não-convertidas. Sua pesquisa olha pela perspectiva dos missionários no front[2]. Em Novembro de 2011, eles apresentaram as seguintes estatísticas sobre o progresso do Evangelho por grupo de pessoas e população global.

Progresso por Grupo de Pessoas

Total de Grupos de Pessoas: 16.750

Grupos de Pessoas Inalcançados: 6.921

Porcentagem de Grupos de Pessoas Inalcançados: 41,3%

Progresso por População

População Mundial: 6.83 bilhões

População de Grupos de Pessoas Inalcançados: 2.84 bilhões

Porcentagem de Grupos de Pessoas Inalcançados: 41,5%

O maior bloco religioso no mapa dos inalcançados e não-convertidos é o Islamismo. O Projeto Josué apresenta estas estatísticas preocupantes:

– A população do mundo Muçulmano é de 1.537.185.000 pessoas;

– Dentre essas mais de 1.5 bilhão de pessoas, há 2.840 grupos de pessoas não alcançadas;

– 87,4% dos 1.5 bilhão de pessoas ainda não ouviram o Evangelho;

– Ou, em outras palavras, 1.343.613.000 Muçulmanos ainda precisam ouvir o nome de Jesus.

Enquanto que cada bloco religioso constitui um desafio substancial para a Igreja global, claramente, o Islã é o maior de todos os desafios. É o maior bloco e também o mais hostil deles. Consequentemente, o número de missionários no campo é tragicamente pequeno.

Joshua é o Diretor Executivo do Ministério i2. Ele treina estudantes e missionários de todo mundo em Apologética Cristã aos Muçulmanos. No despertar dos ataques do 11 de Setembro, ele explicou o nível de atividade missionária dentro desse bloco, afirmando que:

Somente 1% de todos os missionários Cristãos vão exercer o ministério diretamente entre os Muçulmanos (1.800 missionários, no total). Isso representa 1 missionário para cada 550 mil Muçulmanos! Para cada Mórmon que você já viu na sua vida, há 130 Muçulmanos no mundo. Isso é equivalente a ter cerca de 5 igrejas e 150 pastores para toda a América do Norte. Em outras palavras, seria como ter a opção de ir à igreja no Texas (se você tiver a sorte de morar perto) ou, talvez, em Boston ou ter apenas mais 3 opções de outros lugares no território dos Estados Unidos para ir, em qualquer manhã de Domingo.[3]

Isso deveria os surpreender, especialmente considerando que o desafio de cativar o mundo Muçulmano não é novo. Escrevendo em Bahrain, em 1902, Samuel Zwemer, o missionário americano, historiador e “apóstolo ao Islã” apelou a uma nova geração de Cristãos, dizendo: “[…] o século XX deverá ser um século preeminentemente de missões aos Muçulmanos”.[4]

O século XX veio e já passou. A maioria do mundo Muçulmano permanece inalcançada e não-cativada. Enquanto o número de trabalhadores aumentou consideravelmente desde os tempos de Zwemer, também aumentou a população de Muçulmanos. Em outras palavras, não estamos mais perto de estabelecer um Evangelho fiel, testemunhando entre aqueles que juram aliança a Maomé, do que estávamos cem anos atrás. As fronteiras perceptíveis do campo missionário tem se expandido e a Igreja no Ocidente não tem expandido seus esforços proporcionalmente para a colheita. Por isso, essa é uma colheita que permanece pronta, mas enormemente desassistida.

 

A FRONTEIRA FINAL DAS MISSÕES GLOBAIS: ISLÃ

O desafio de servir o mundo Muçulmano requer uma resposta bem pensada e sóbria. Essa será a fronteira final do mundo missionário e o maior desafio da Igreja. De forma alguma será o único desafio, mas será o maior de todos e o mais custoso.

A Igreja está atrasada há muito tempo em corresponder ao chamado de abraçar a responsabilidade de cativar o mundo Muçulmano. Os perigos que acompanharão essa tarefa são reais. Porém também são reais os mandamentos das Escrituras de pregar o Evangelho a todos os povos e as promessas de colheita em todas as tribos e línguas. No momento em que exaltamos mais os perigos que os mandamentos e as promessas que os acompanham, começamos a nos desviar. Por isso, enquanto seria tolice ignorar os perigos, devemos ser cuidadosos em olhar para eles à luz de tudo aquilo de Jesus nos mandou fazer e nos prometeu.

A maneira como nós, embaixadores de Cristo, entraremos nas regiões hostis do globo hoje em dia é abrindo mão de nossos direitos e expectativas de sair do meio deles com vida. Isso não quer dizer que devemos ir em busca do martírio, mas que devemos renunciar à prerrogativa de que devemos evitar o martírio a todo custo. Os perigos associados à tarefa de evangelizar o mundo Muçulmano são reais. Devemos entendê-los e, pela graça de Deus, encará-los. O preço de trabalhar para erguer Cristo acima de Maomé e para que haja crescimento debaixo da cruz, certamente será o aprisionamento e o martírio de muitos. Todavia, para que o século XXI seja diferente do último século, devemos estar dispostos a pagar tal preço.

A pergunta que a Igreja deve responder, então, é se “Tal esforço vale ou a pena ou não?”. A julgar pelo fato de que essas nações recebem tão poucos missionários, isso nos diz que a maior parte da Igreja responderia “Não” à pergunta feita acima. Mas Paulo diria que vale a pena; independente do que seja o conceito de “sucesso” nessa empreitada. Sucesso não era o alvo de Paulo. Testemunho era; e testemunho, ocasionalmente, requer sangue. Considere a resposta de Paulo àqueles que tentaram dissuadi-lo de ir a Jerusalém por causa do perigo inerente.

E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
Atos 20:22-24

Em Atos 21, Paulo respondeu a mais desses cuidados recebidos no capítulo 20. Porém, dessa vez, ele falou não de “prisões” e “tribulações”, mas de “morte”. Lucas registrou a conversa, dizendo:

E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo;
E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: “Isto diz o Espírito Santo: ‘Assim ligarão os judeus em Jerusalém o homem de quem é esta cinta, e o entregarão nas mãos dos gentios.’” E, ouvindo nós isto, rogamos-lhe, tanto nós como os que eram daquele lugar, que não subisse a Jerusalém. Mas Paulo respondeu: “Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.”
Atos 21:10-13

 

A preservação da vida não era a maior ambição de Paulo. A declaração de Cristo por meio da demonstração do Espírito e do poder, sim (I Co. 1-3). Paulo compreendeu o que isso exigiria dele. Portanto, “[Paulo disse:] Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Col. 1.24). Ele compreendeu esse mandato desde o dia de sua conversão, quando foi dito a ele: “E eu lhe mostrarei quanto [Paulo] deve padecer pelo meu nome [de Jesus]” (At. 9.16). Assim, Paulo é o modelo de um missionário de campo: ele não considerou sua vida como tendo valor maior que o valor do Evangelho.

Mais de dois mil anos depois, nosso impacto no mundo Muçulmano limita-se a condição de abraçarmos ou não a mentalidade Paulina de valorizar o Evangelho acima da vida. Enquanto permanecermos indispostos a sangrar por amor à fama de Jesus no mundo Muçulmano, podemos ter a certeza de que haverá muito pouco impacto. Felizmente, a falha da Igreja em servir essas pessoas preciosas está sendo, de alguma maneira, compensada pelo número de Muçulmanos que têm sido levados a crer, ano após ano, por meio de sonhos e visões. Embora devamos celebrar esse fato, ele não deve ser usado para justificar a negação de nosso chamado a esse campo missionário crítico. George Otis Jr. explica a importância do testemunho de mártires nas nações muçulmanas:

Será que a Igreja deveria, em meio a circunstâncias políticas e sociais, manter-se encoberta para evitar as possíveis forças hostis ao Cristianismo? Ou será que um confronto mais aberto com a ignorância e a privação espiritual mais provavelmente levaria a avanços evangelísticos? Os fundamentalistas Muçulmanos alegam que sua revolução espiritual é abastecida pelo sangue dos mártires. Será que a falha do Cristianismo em prosperar no mundo Muçulmano está ligada à notável ausência de mártires Cristãos? E será que a comunidade Muçulmana pode levar a sério as reivindicações de uma Igreja que se esconde?… A pergunta não é se “É sábio manter a adoração e o testemunho discretos?”, mas, se “por quanto tempo isso irá continuar antes que sejamos acusados de esconder ‘a candeia […] debaixo do alqueire’?”… Registros mostram que em locais desde Jerusalém até Damasco, de Éfeso a Roma, os apóstolos foram espancados, apedrejados, sofreram conspirações e foram aprisionados por seu testemunho. Convites eram raros, e nunca foram a base de suas missões.[5]

Devemos abraçar o chamado ao mundo Muçulmano com a convicção de que o preparo para sofrer martírio não é uma mera possibilidade, mas um requisito. Aqueles que estão presos ao Islã precisam de um testemunho de martírio para que seja descortinado a eles o valor inestimável de Jesus. Ao não sofrermos em declarar o Evangelho a eles, nosso silêncio grita que nosso Evangelho não é algo pelo qual valha a pena morrer. Um Evangelho pelo qual Cristãos não considerem valer a pena morrer é um Evangelho pelo qual um Muçulmano não considerará digno de viver. Já que o custo de rejeitar Alá por amor a Cristo é alto no mundo Muçulmano (rejeição, perseguição, estranhamento ou morte), eles precisam que tal preço valha a pena. Eles precisam saber que Ele vale a pena. Isso propõe um desafio significativo ao movimento de missões para o mundo Ocidental. Devemos decidir como responderemos ao fato de que há 1.3 bilhões de Muçulmanos inalcançados no mundo Muçulmano que, por nunca terem sido servidos por uma Igreja crucificada, perecerão sem ouvir sobre o nosso Cristo crucificado e ressurreto.

O martírio de Cristãos é motivado pelo desejo forjado pelo Espírito no coração de Cristãos de passar a eternidade com seu inimigo, a quem eles amam o bastante a ponto de servir por meio do sofrimento – até a morte, se necessário. Até que a Igreja demonstre esse tipo de desejo às nações (em particular, às nações Muçulmanas), seu testemunho não terá serventia para ouvidos surdos; se é que seu testemunho chegará até eles.

Tradução: Christie Vieira Zon
Supervisão: Victor Vieira

[1] Visite <joshuaproject.net> para mais informações.

[2] Estatísticas tais como essas variam de acordo com quem compila as informações e como essa pessoa o faz. O Projeto Josué é uma das fontes de informação mais confiáveis, em virtude de sua extensa pesquisa,

[3] Lingel, Joshua. Considering Again Your Vocation, Ministério i2 (website), acessado em Novembro de 2011 <http://www.i2ministries.org/index.php?option=com_content&view=article&id=13:consider-again-your-vocation&catid=27:articles-category&Itemid=72&gt;

[4] M. Zwemer, Samuel; Lull, Raymund. First Missionary to the Moslems. Editora Diggory Press, 2008. Edição para Kindle. Prefácio.

[5] OTIS JR., George. The Last of the Giants: Lifting the Veil on Islam and the End Times. Grand Rapids, MI. Editora Chosen, 1991. Páginas 261 – 263.

Três Chaves para uma vida de oração consistente: Deus, Planejamento e Pequenos Começos

9 de julho de 2015

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A oração é um chamado para a o Cristão, mas a vida é tão agitada. Em nosso mundo que se transforma sempre, onde as distrações surgem e os horários das agendas mudam, há muito obstáculos para uma vida de oração consistente. A boa notícia é que você não é o único a encarar esses desafios!

Muito antes de Mike Bickle dar início à Casa Internacional de Oração de Kansas City (IHOPKC), ele era um jovem que lutava para orar. Na verdade, ele não gostava de orar! Porém, um de seus líderes sugeriu duas coisas que poderiam ajudar na transformação de sua vida de oração: planejar momentos de oração e fazer uma lista de oração.

Vamos focar em como nos manter consistentes em oração. Aqui vão três dicas simples (mas importantes):

  1. Peça a Deus que te ajude a criar momentos regulares de oração. Deus dá sabedoria àqueles que pedem (Tg 1:5), e Ele ajudará você quando pedir por ajuda. Jesus sabia o que era ter muitas coisas a fazer e muitas demandas sobre Si, mas, ainda assim, Ele encontrava tempo para orar (Mc 6:30-46). Ele sabe dos nossos desafios e nos ajuda quando vamos até Ele (Hb 4:14-16).
  2. Estabeleça um planejamento. Escreva (ou digite) os momentos de oração em sua agenda ou planejador. Faça isso mesmo! Se você tratar a oração como um encontro importante ou uma consulta planejada, você terá muito mais chances de manter a frequência. Nem sempre você vai conseguir ater-se perfeitamente ao plano, mas você vai orar muito mais se esse momento estiver anotado em sua agenda. E, nesse aspecto, você pode fazer da tecnologia uma aliada: se você usa um calendário no computador ou no celular, configure um alarme para disparar no momento de orar.
  3. Atenha-se ao plano. Da mesma forma como nos exercitamos na academia, os “músculos” da oração não se desenvolvem da noite pro dia. Cada hábito novo leva tempo para se desenvolver, então busque ser disciplinado e não despreze “o dia das coisas pequenas” (Zc 4:10). Se vai te ajudar manter-se mais consistente em oração, porque não pedir a um amigo ou um crente mais maduro que te ajude a cumprir seu planejamento? Eles podem ter outras ideias para te ajudar a crescer em oração.

 

Deus tem prazer em Seu povo e Ele quer que falemos com Ele. No livro Growing in Prayer (Crescendo em Oração) Mike Bickle diz: “Ao passo que vamos reconhecendo Deus como nosso Pai carinhoso e Jesus como nosso Noivo-Rei, somos energizados a buscar a Deus com toda a nossa força e experimentar novos prazeres em nosso relacionamento com Ele.” Quando criamos tempo para orar, descobrimos que o Espírito nos ajuda com “as nossas fraquezas” (Rm 8:26). Com o passar do tempo, cultivaremos uma vida de oração consistente e agradável!

Tradução: Christie Vieira Zon
Ler Artigo Original

Como se manter focado na oração – Novo Artigo @IHOPKC @MikeBickle

9 de abril de 2015

COMO MANTER-SE FOCADO NA ORAÇÃO

Contas, listas de coisas a fazer, viagens a trabalho, demandas de trabalho. Existe uma competição enorme pela atenção das pessoas nestes dias. Há tantas razoes pelas quais devemos orar e, às vezes, as coisas pelas quais oramos podem ser as mesmas que nos distraem de nossas orações.

A oração é um grande privilégio e ao mesmo tempo é uma luta intensa e um milagre poderoso do Espírito, que nos ajuda em nossas fraquezas, especialmente em relação ao nosso foco na oração.

Em uma pesquisa recente em nossa página no Facebook, muitos seguidores identificaram o desafio de permanecer focado como o maior entrave durante seus períodos de oração.

A oração nunca deveria ter sido feita como uma obrigação, nem sequer como algo voltado à obtenção de resultados. Ao invés disso, a oração é o lugar de encontro com Deus, onde nosso espírito é energizado ao passo que crescemos ainda mais em amor por Ele. A oração nos coloca prontos para amar a Deus e às pessoas, enquanto recebemos o amor de Deus. Ela também libera Suas bênçãos sobre nossas circunstâncias, o que resulta em mudanças reais na Igreja, nas nações e na sociedade além de atingir as vidas daqueles a quem amamos. Em verdade, “A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg. 5.16).

Embora muitos tenham o desejo de orar, os pensamentos que vagam por nossas mentes, os sentimentos que nos incomodam e as distrações legítimas transformam esse desejo em um desafio de manter-se concentrado. Quando lembramos que Deus quer que oremos, somos encorajados a persistir no lugar de oração.

O Deus do universo quer que nos conectemos com Seu coração em parceria profunda. Portanto, pedir tudo a Deus é um princípio fundamental do Reino. Precisamos pedir especificamente, e não somente pensar nas nossas necessidades com frustração e desespero.

“… as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus…” Filipenses 4.6
Somente por meio de um estilo de vida de oração é que poderemos receber a plenitude do que Deus tem preparado para nós. Uma lista de oração ajuda a lembrar de todos os pedidos de uma vez. É uma ferramenta essencial para auxiliar na manutenção do foco durante seus momentos de oração, especialmente se você estiver se sentindo cansado ou distraído.

Se você usar apenas duas ferramentas simples (marcar momentos de oração na sua agenda e criar listas de oração), descobrirá que consegue orar muito mais e que você permanece mais focado quando ora.

Suas orações não devem ser limitadas ao que está na sua lista, mas a lista servirá como um guia para ajudar no seu “primeiro passo” no momento de oração e te ajudará a manter o foco.

Como Desenvolver Uma Lista de Oração

Quando desenvolvemos uma lista de oração, é útil levar em consideração estes três temas:

  • Os dons do Espírito – O poder de Deus e Seu favor sendo liberados
  • O fruto do Espírito – O caráter de Deus formado em nós e nos outros
  • A sabedoria do Espírito – A mente de Deus ou o espírito de revelação compartilhada

Pedimos pelos dons, pelo fruto e pela sabedoria do Espírito para que sejam liberados em cada foco de oração:

Intimidade: Focamos em dar nosso amor e devoção a Deus. Esse tipo de oração inclui adoração, meditação na Palavra (orar a Palavra) e em comunhão com o Espírito.

Pedidos pessoais: Pedimos a bênção de Deus sobre nossa vida pessoal e nosso ministério. Oramos por avanços para nosso homem interior (coração), circunstâncias (físicas, financeiras, relacionais) e ministério para que o poder de Deus seja liberado por meio de nossas mãos, nossas palavras e nossos feitos.
Intercessão: Pedimos pelo poder de Deus ou justiça pelas causas de outras pessoas.

  • Oração por pessoas ou lugares – família e amigos, indivíduos em ministérios, negócios e pelo governo, além de poder mencionar o destino de ministérios, cidades e nações (ex. organizações missionárias, Jerusalém, Egito, etc.)
  • Oração por questões estratégicas na sociedade – governo (eleições, legalização do aborto), opressão (tráfico humano, regimes totalitários), desastres naturais (furacões, secas), doenças, etc.

Aqui estão links para listas de oração que poderão te ajudar a começar:

10 Orações para Fortalecer o Seu Homem Interior – Referencias para orar

Encontre mais inspiração para desenvolver sua vida de oração no livro mais recente de Mike Bickle, Growing in Prayer: A Real-Life Guide to Talking to God.

Traduzido por Christie Vieira Zon

O Homem Incandescente 5: A Consagração

31 de março de 2015

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Nessa parte de nossa série sobre João Batista, vamos explorar a questão da consagração, levando em consideração as primeiras descrições feitas por Jesus sobre o precursor, em Mateus 11.

O QUE VOCÊ SAIU PRA VER NO LUGAR ERMO?

Focaremos nos versículos 7 e 8, onde lemos as palavras de abertura do sermão. “Ao partirem eles, começou Jesus a dizer às multidões a respeito de João: ‘que saístes a ver no deserto? um caniço agitado pelo vento?Mas que saístes a ver? um homem trajado de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam vestes luxuosas estão nas casas dos reis.’” Mateus 11:7-8

João arrebatou a atenção de uma nação. Sua presença era reconhecida pelos políticos, sacerdotes e prostitutas. Sua mensagem prendia as massas. E seu ministério desafiava todas as esferas da sociedade. Lucas 3 fala sobre o grande impacto de João sobre todos os níveis da sociedade naquela terra. Em Mateus 3.5, lemos que “iam ter com ele os de Jerusalém, de toda a Judéia, e de toda a circunvizinhança do Jordão”. As palavras “iam ter” em Mateus 3 espelham a palavra “saístes” de Mateus 11.

João não buscava fama, notoriedade e preeminência. Mas o fogo que havia dentro dele fez com que ele fosse conhecido. Isso provocou uma geração inteira a buscar estar com ele e escutar ao que ele dizia. Ao ver uma multidão se deslocando para o deserto para “regozijarem-se na luz” daquele que “brilhava”, Jesus propõe uma pergunta: “O que os levou ao deserto? O havia em João que provou vocês? Porque vocês ficaram intrigados? O que moveu tanto seus corações, naquele homem? Que tipo de homem era João? O que foi que os atraiu a ele?” Por duas vezes Ele responde à sua pergunta retórica, ao falar sobre a integridade do caráter de João e uma vez, falando sobre a natureza do ministério de João.

As primeiras duas vezes que Jesus faz a pergunta, Ele está vingando a integridade, o caráter e os motivos (o estilo de vida) de João. Na terceira vez, como veremos no próximo artigo, Ele vinga o ministério de João. Uma vez que o impacto de seu ministério era o fruto de seu estilo de vida, nós devemos começar por onde Jesus começou.

Começamos considerando o que motivava João a dizer o que ele dizia e fazer o que fazia. O impacto público de João foi o produto da integridade e da intimidade particular dele. Quem João era no lugar secreto foi o que fez dele a pessoa pública que era. Ele brilhou por fora porque ele queimava por dentro. Portanto, Jesus começa absolvendo o caráter de João.

UM CANIÇO AGITADO PELO VENTO?

Primeiro, Ele pergunta se João era “um caniço agitado pelo vento”. Essa pergunta trata da fortaleza, da determinação e da estabilidade de João. Um caniço pode ser facilmente balançado, arrancado, machucado e quebrado. E o vento é imprevisível, impossível de contornar, indomável e inconsistente.

Ao atar essas duas coisas juntas, Jesus avaliou publicamente a determinação, a dedicação e o compromisso de João diante da pressão, incerteza e oposição. Jesus estava dizendo: “Algum de vocês já viu João hesitar? Já viram ele se render aos ataques da oposição? Ele era um homem que poderia ser agitado? Ele era um homem frágil? Ou ele era firme, forte, ardente, fervoroso e inflexível em suas convicções? Ele era corajoso? Ou ele era tímido e inconsistente?” A resposta inaudível para essa pergunta é “Não”. João era implacável.

Aplicando força total e uma retórica genial, Jesus estava gritando: “Ele não pode ser agitado lá atrás, e ele pode ser agitado agora que está aprisionado pelo homem a quem João publicamente expôs e desafiou! João não é um caniço agitado pelo vento sendo dobrado, machucado, quebrado e agitado pelo vento adverso do escárnio de seus inimigos.”

UM HOMEM VESTIDO EM VESTES LUXUOSAS

Segundo, Ele pergunta se João era um homem “trajado em vestes luxuosas”, que ficava “nas casas dos reis”. Nesse ponto, Jesus está falando sobre as motivações do coração de João. Naqueles dias, um homem vestido de roupas luxuosas era alguém que estava acostumado com o conforto e com as facilidades e era atraído por essas coisas. Um homem desses possuía riquezas, pertencia ao mais alto escalão da sociedade, dava valor às posses, se importava com aparências, se preocupava sobre o que as pessoas iriam pensar dele e investia seus recursos em manter certo status em sua cultura. Um homem que habitava numa casa de reis era alguém facilmente manipulável e coagido.

Ele mesmo não era da realeza, mas gravitava em torno daqueles que tinham parte nos prazeres e nos privilégios da realeza. Esse homem queria estar no lugar certo, na hora certa, fazendo os contatos certos, por meio dos relacionamentos certos para se certificar de que firmaria seu lugar na sociedade. Aqueles que conheciam João sabiam que essa não era a descrição mais precisa dele.

João não usava vestes luxuosas, assim como também não habitava nas casas dos reis. Ele não era abalado pela política. Ele não era leal aos poderosos. Ele não dava valor às posses e pouco se importava em fazer os contatos certos com as pessoas chamadas de elite em qualquer círculo. Ele não podia ser comprado. E não se vendia. Não podia ser manipulado e não podia ser intimidado. Mateus 3 descreve João como um como um tição que habitava o “deserto” usando “uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos”, comendo “gafanhotos e mel silvestre” (Mt. 3.4,5). Esse é um duro contraste com as vestes luxuosas usadas pelos ricos. Mateus 14 registra porque João foi preso.

Ele desafiou Herodes, o Tetrarca, sobre seu casamento com a esposa de seu irmão, dizendo: “Não te é lícito possuí-la”. Esse é um contraste enorme com o homem que vive nos palácios dos reis. Isso porque naquele exato momento, João estava vivendo na masmorra embaixo do palácio do Tetrarca, aguardando sua execução.

Ao fazer essas duas perguntas iniciais, Jesus estava enfatizando o que era de conhecimento público sobre João: seu estilo de vida simples e a integridade de suas motivações em seu ministério. A consagração de que Jesus falou em Mateus 11.7,8 nos dá uma pequena, mas significante noção da vida do Batista: ele era inflexível e inabalável.

UMA GRAÇA QUE FOI ORDENADA

Essa consagração não foi algo passageiro. João tinha uma história de consagração que começou a ser escrita antes mesmo de seu nascimento. Foi uma graça ordenada, profetizada antes mesmo que ele soubesse de sua existência. Antes ainda de sua concepção no vente de sua mãe, ele já havia sido separado e marcado pelo Senhor para andar em santo abandono para executar sua tarefa de “preparar ao Senhor um povo bem disposto”.

Lucas começa seu Evangelho, com a introdução: os pais estéreis e velhos de João, Zacarias e Isabel. Na plenitude do tempo e na providencia de Deus, a responsabilidade de executar os deveres sacerdotais no Templo caiu sobre Zacarias. Ali, no lugar Santo, o anjo Gabriel apareceu para o velho Zacarias. Temeroso e perplexo pelo motivo da visita do anjo, além de estar ansioso pela explanação daquele momento sagrado, Zacarias levantou os olhos para ver o mensageiro celestial, aguardando pela palavra.

Bem ali, parado e cheio de temor pelo encontro inesperado, a voz do santo ser trovejou dentro daquele homem velho, enquanto ele permanecia boquiaberto. Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus, E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto. Lucas 1:13-17

Após acalmar o coração temeroso de Zacarias, dizendo “não temas”, Gabriel começou a profetizar. Ele falou de uma criança que ainda viria a nascer; um profeta consagrado.  

UMA VIDA DIGNA DE IMITAÇÃO

Essas palavras eram o sonho do coração do Pai para a vida de João. E é o sonhos de nosso Pai celestial para muitas vidas nesse exato momento: viver grandiosamente “diante do Senhor”, de maneira consagrada, “cheio do Espírito Santo”, convertendo a muitos e preparando “ao Senhor um povo bem disposto”. Se essas afirmações e palavras agitarem seu coração, pode muito bem ser que Deus tenha ordenado o mesmo tipo de graça que estava sobre João para vir sobre a sua vida. A vida de João é uma daquelas dignas de serem imitadas. Senhor, faça de nós homens e mulheres como João. Que as palavras que disseste sobre a vida de João sejam as palavras que um dia ouviremos serem ditas pelo Senhor as nossas vidas. Nos dê uma visão de sermos grandes aos Seus olhos. Faz de nos um povo disposto no qual Você se deleite em usar para preparar outros para a vinda do Seu Filho.  

Texto original de Dalton Thomas

Traduzido por Christie Vieira Zon